Tribunal de Fafe adiou início de julgamento de Pedro Sanhudo, Artur Mesquita e Licínio Santos

O Tribunal de Fafe adiou o início do julgamento, previsto para hoje, dos árbitros Pedro Sanhudo, Artur Mesquita e Licínio Santos e que envolve um jogo entre o Fafe e o Vizela, da época 2003/2004, disse à agência “Lusa” fonte judicial. O colectivo de juízes da Vara Mista do Tribunal de Guimarães aceitou o adiamento a pedido da defesa, que anunciou ter apresentado um requerimento para que o processo fosse transferido para o Tribunal de Gondomar. Os três arguidos, que hoje começariam a ser julgados em Fafe, apresentaram um requerimento no Tribunal de Gondomar, onde alegavam que o Tribunal de Fafe era incompetente para julgar o caso. O colectivo de juízes decidiu, assim, aguardar a decisão do requerimento, adiando, por isso, o julgamento. O caso envolve, ainda, o ex-dirigente vizelense Benjamim Castro, sendo os arguidos acusados de corrupção desportiva activa e passiva. O crime terá, alegadamente, sido cometido durante um jogo de futebol entre o Desportivo de Fafe e o Vizela Futebol Clube na época 2003/2004 da 2ª Divisão B da Zona Norte. Este encontro foi envolvido na investigação do “Apito Dourado” realizada pela equipa da Procuradora Maria José Morgado. A equipa de arbitragem, liderada por Pedro Sanhudo, é acusada de favorecer o Vizela, que venceu a partida por 1-0. O inquérito teve como base uma escuta telefónica, gravada pela PJ em 2003, entre o dirigente vizelense Benjamim Castro e o árbitro Pedro Sanhudo a propósito do Fafe-Vizela, no qual terá sido combinado o favorecimento do Vizela. De acordo com a acusação, três dias antes do jogo, Benjamin Castro, então chefe do departamento de futebol do Vizela, perguntou a Sanhudo se podia "estar à vontade no domingo", tendo o árbitro respondido que dormisse “descansado". O relatório do observador do jogo detectou vários erros graves que, supostamente, prejudicaram o Fafe. O processo assinala que, alguns dias depois do jogo, o árbitro Pedro Sanhudo terá comentado com o árbitro Sérgio Jesus, as prendas que lhe foram entregues. "Trouxemos um carregamento, que nem cabia na mala…", disse Sanhudo, frisando que recebeu camisas Ralph Lauren, camisolas Lacoste e caixas de vinho.
in ojogo

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