Três indivíduos, dois dos quais encapuzados e armados, assaltaram, no espaço de trinta minutos um café em Vizela e uma farmácia em Felgueiras. Seguiram no mesmo carro e actuaram da mesma maneira: de rompante depois de um tiro para o ar.
O primeiro assalto ocorreu cerca das 23,40 horas, no Café 15, na na Rua Dr. Abílio Torres, em Vizela. Armados, dois encapuzados ameaçaram o proprietário e os clientes antes de esvaziarem a caixa registadora e de se porem em fuga. Com o auxílio de um terceiro indivíduo, que ficou ao volante de um veículo, Honda Civic, o duo invadiu o café, disparou um tiro de intimidação para o ar, e realizaram o roubo em menos de dois minutos.
"Fiquei assustado e tive receio do que pudesse acontecer. Eles vinham dispostos a tudo. Eram muito novos, na casa dos 20 anos, magrinhos e estavam muito nervosos, a tremer", recordou, ao JN, o dono do café. No salão principal encontravam-se oito clientes, que assistiram a tudo. Outros quatro, no salão de jogos, ouviram os gritos e o tiro e tentaram fugir por uma janela das traseiras. Um deles ficou ferido ao cair de uma altura de três metros.
"Estava a atender um casal ao balcão e quando eles entraram, de cara tapada com lenços, até pensei que era uma brincadeira de mau gosto e a arma de alarme. Mas depois as coisas começaram a ficar sérias, a cliente começou a chorar e a gritar e aí foi complicado", diz o dono do café.
Antes de fugir, os assaltantes levaram um saco de senhora, descoberto em Felgueiras, algumas horas depois. O carro da fuga tinha matrícula falsa.
Trinta minutos depois do assalto, às 0,10 horas, o alegado trio assaltou a Farmácia Sampaio, no centro de Felgueiras. Enquanto um ficou ao volante do Honda Civic, dois, armados e encapuzados, entraram de rompante no estabelecimento e dispararam um tiro para o ar.
A bala fez ricochete e caiu a menos de um metro da única pessoa que estava no estabelecimento, um técnico de farmácia, que não ofereceu resistência,. Os assaltantes levaram três mil euros, dinheiro que estava em três gavetas e o telemóvel do farmacêutico.
"Foi um grande susto para o funcionário. O tiro disparado poderia tê-lo ferido, pois a bala bateu no tecto mesmo perto dele. Ele não teve outra alternativa senão deixá-los despejar as três gavetas onde estava o dinheiro. Depressa ficaram satisfeitos com o resultado do assalto e ainda roubaram o telemóvel ao homem. Depois, puseram-se em fuga em alta velocidade", explica Dalila Sampaio, dona da farmácia.
O JN sabe que as autoridades suspeitam tratar-se do já falado gangue de Fafe, suspeito de outros assaltos na região.
Liliana costa e José carlos pereira in JN
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