IOL Diário - Taça de Portugal: P. Ferreira-Vizela, 4-1 (crónica)

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O P. Ferreira caminha para os quartos-de-final da Taça de Portugal, derrubando uma equipa do segundo escalão, o Vizela (4-1), num resultado extremamente enganador. Os visitantes marcaram primeiro e sucumbiram apenas na etapa complementar, após a entrada de Carlos Carneiro e a expulsão de Hélder. Na recta final, os castores chegaram às portas da goleada.

Paulo Sérgio procurou um novo desenho para compensar a ausência de William, mas a formação pacense passou largos períodos do encontro à procura do melhor goleador da Liga. A lesão do avançado brasileiro interfere com o plano de jogo dos castores e o Vizela aproveitou essa inquietude para assumir as despesas desde o apito inicial.

A equipa do segundo escalão denotou enorme coesão entre os sectores, apostando num futebol direito pelos flancos, onde Feliciano foi uma constante dor de cabeça para Chico Silva. Ao centro, o goleador Pires procurava aproveitar os espaços entre os centrais pacenses. Após um par de ameaças, o Vizela colocou-se na frente do marcador.

Cássio viu-se obrigado a sair da baliza e derrubou Pires, sem margem para dúvidas. Quim Berto, esse mesmo, foi chamado à conversão do castigo máximo e não perdoou. As 37 primaveras não parecem afectar o lateral direito que passou pelos principais palcos do nosso futebol.

Os adeptos vizelenses rejubilaram com a vantagem prematura, fazendo a festa em bancadas despidas de gente. Entre o sol, as nuvens pesadas e a chuva, o vento forte foi arrefecendo corações e aconselhando a um regresso antecipado ao conforto do lar. No rectângulo de jogo, o Paços de Ferreira não conseguia acertar o passo, desculpem o trocadilho, e o Vizela ia espreitando algo mais. Quim Berto e Nuno Amaro, em lances de bola parada, andaram lá perto.

O treinador pacense, apesar da desvantagem no marcador, demorou a mexer na equipa e não escapou às críticas dos adeptos. Leandro Tatu surgiu no eixo do ataque e deixou boas indicações, mas está longe de ser um matador à imagem de William. Nos flancos, Edson e Cristiano produziam pouco. Na etapa complementar, progressivamente, os castores começaram a fazer jus ao estatuto de primodivisionários, atacando com maior regularidade e acerto.

O Vizela via a noite a cair, o final do encontro a aproximar-se e começava a acreditar. Contudo, a equipa de Paulo Alves sofreu um duro revés nas aspirações quando Hélder viu a segunda cartolina amarela (66m), com quase meia-hora de jogo pela frente. Lucílio Baptista, agora com o cabelo ruivo, nem hesitou. Com superioridade numérica, o P. Ferreira aumentou o caudal ofensivo e aproveitou a estampa física de Carlos Carneiro para regressar ao jogo. O ponta-de-lança amorteceu para o remate de Tatu e os dados inverteram. Até final, os castores construíram um resultado convincente (4-1)

Ficha de jogo

Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira
Árbitro: Lucílio Baptista (AF Setúbal)
Assistentes: Venâncio Tomé e Mário Dionísio
4º árbitro: António Taia

P. FERREIRA: Cássio; Filipe Anunciação, Ricardo, Ozeia e Chico Silva; Pedrinha, Paulo Sousa e Dedé (Rui Miguel, 56m); Edson (Carlos Carneiro, 63m), Leandro Tatu e Cristiano (Josa, 90m).
Suplentes não utilizados: Bruno Conceição, Kelly, Filipe Gonçalves e Guedes.
Treinador: Paulo Sérgio

VIZELA: Riça; Quim Berto, Cláudio, Hélder e Nuno Amaro (Bertinho, 87m); André Cunha (Luís Miguel, 62m), Kata e Hélder Sousa; Feliciano, Pires e Williams (Sandro, 69m).
Suplentes não utilizados: Murta, Machado, Moreira e Guerra
Treinador: Paulo Alves

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: 0-1 por Quim Berto g.p. (15m); 1-1 por Leandro Tatu (73m); 2-1 por Ricardo (79m); 3-1 por Pedrinha g.p. (90m); 4-1 por Paulo Sousa (90m)
Disciplina: cartão amarelo a Nuno Amaro (3m), Cássio (14m), Hélder (31m e 66m), Ozeia (71m); cartão vermelho para Hélder (66m) e Cláudio (90m)

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