De arma em punho na rua para assaltar ourivesaria

Marco de Canaveses. Nem o facto de o tribunal ser ao lado atemorizou um grupo de três indivíduos. De caçadeira em punho, um ficou no meio da rua enquanto os outros esvaziavam uma ourivesaria, com os comerciantes vizinhos em pânico. Em poucos minutos, o grupo fez o assalto e pôs-se em fuga Uma cena típica de um filme de acção de Hollywood aconteceu, na manhã de ontem, em pleno centro do Marco de Canaveses. Três indivíduos, encapuzados e armados, bloquearam uma das artérias da cidade para efectuar um assalto a uma ourivesaria. Horas mais tarde, a poucos metros de distância, decorreu o julgamento de Avelino Ferreira Torres no Tribunal local que fica ao lado do estabelecimento assaltado.

Eram 10.30 quando o grupo chegou à Praça do Município, onde está instalado um centro comercial. Enquanto um dos homens, de estatura média e com um gorro na cabeça, ficou no meio da rua a impedir, com a ameaça de uma caçadeira, a aproximação de pessoas e carros, os outros dois sujeitos, também armados, entraram de rompante na "Ourivesaria JADE II", estabelecimento que tem uma entrada para a rua e outra para o interior do centro comercial.

Uma vez lá dentro, expulsaram - mais uma vez recorrendo a ameaças com as armas - as duas funcionárias e um cliente que àquela hora se encontravam no interior da loja e partiram a vitrina na qual estavam guardados os objectos em ouro mais valiosos. Poucos minutos depois, estavam de novo na rua e a entrar num BMW cinzento, no qual fugiram sem deixar rasto.

O assalto apanhou de surpresa os comerciantes da zona e só o barulho provocado pelos vidros partidos da vitrina e os berros intimidatórios de um dos ladrões chamou a atenção dos lojistas para o que estava a acontecer. "Só ouvi um barulho, mas não dei conta de nada", refere Guiomar Neves, da "Casa de Costura", anexa à ourivesaria.

Já na "New Line", que fica do outro lado da "JADE II", o susto foi maior. "Ouvi uns berros e vidros a partir e fui à porta espreitar. Mas logo que vi um homem encapuzado e armado no meio da rua fugi para o centro comercial", recorda Sofia Silva.A colega Dulce Queirós confirma o relato e acrescenta que foi tudo muito rápido. "Quando demos a volta ao centro comercial e fomos espreitar à esquina já não vimos ninguém", frisa.

No café em frente à "Ourivesaria JADE II", Maria Monteiro conta uma história em tudo semelhante, mas salienta os tiros disparados. "Um dos homens ainda ficou uns minutos na rua. Até chegou a disparar, pelo menos, um tiro, mas não sei para onde. Fugi logo para a cozinha e telefonei à GNR. Mas ninguém atendeu", declara.

Apesar de não ter atendido o telefonema da funcionária do "Relax Snack", a GNR chegou rapidamente ao local, mas não a tempo de impedir o assalto. Nessa altura, já o grupo se tinha posto em fuga numa viatura que estava estacionada e que mais tarde foi encontrada abandaonada perto de Vizela.
rsm in dn

Sem comentários:

Radio Vizela - 97.20FM