Estrela 4 - Vizela 1, A marca de Celsinho

Tarde de quarta-feira. Dia de trabalho, pouco público, céu cinzento. O silêncio das bancadas propaga-se para o palco do espectáculo. O desafio, esse, começou como o tempo: tristonho, disputado a um ritmo lento, sem lances de inspiração.

O Vizela fazia pela vida. O Estrela vivia na expectativa. Correu riscos e viria a sofrer um golo fora do contexto. Ou melhor, fora da órbita do guardião Nélson, mal batido pelo livre de Zezinho. Pairou o espectro de escândalo (uma derrota afastaria os tricolores da competição), mas, prontamente, a equipa de Lito Vidigal reagiu e espontaneamente alcançou o tento da igualdade, numa bela triangulação entre Moreno e Celsinho.

O que se seguiu ao intervalo foi outra história. E o plano da reviravolta acabou por vir do banco. Lito Vidigal lançou Varela ainda na etapa inicial, Ndiaye no recomeço, e o motor começou por fim a carburar. O Vizela desorienta-se, e Celsinho, inspirado, prossegue o recital de ofertas: primeiro a Varela - que se estreou a marcar, e logo com um bis - e depois iniciando o lance do quarto golo, da autoria de Nélson (a bola ainda embateu em Pires e traiu Riça). No espaço de 10', a estrutura vizelense acabou por se desmoronar, e o Estrela aproveitou para se manter na corrida pela Carlsberg Cup.

Nunca nos desorientámos e criámos lances para um resultado mais dilatado

Lito Vidigal, treinador do Estrela

Em 10 minutos, desorganizámo-nos e sofremos golos infantis. Que sirva de lição

Carlos Garcia, treinador do Vizela

PEDRO MIGUEL SILVA in ojogo

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