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:: Nem manifestações fazem Vimágua baixar preços
Guimarães Serzedelo e Guardizela voltaram a exigir redução de 50% do saneamento
00h30m
JOAQUIM FORTE

Vários moradores das freguesias de Serzedelo e Guardizela voltaram a manifestar-se, ontem, em frente à Câmara de Guimarães. Os populares exigem a redução de 50% nas taxas de ligação a rede de saneamento.

Os moradores garantem que não vão desistir da contestação enquanto não for conseguida uma redução, para metade, dos valores de ligação à rede de saneamento, cobrados pela empresa intermunicipal Vimágua. E equacionam outras formas de luta.

\"O boicote às eleições europeias e uma vigília nocturna à porta da Vimágua estão em cima da mesa\", garante Manuel Silva, porta-voz dos moradores.

Os populares contestam os preços de ligação dos ramais domésticos ao colector de saneamento, na ordem dos 430 euros (mais IVA) só para ligação da rede pública até à entrada da habitação ou terreno. Em distâncias acima dos seis metros, a Vimágua (empresa que gere o saneamento e o abastecimento de água nos concelhos de Guimarães e Vizela) cobra mais 61 euros por cada metro.

\"São valores desajustados da situação económica das famílias desta região que está a atravessar uma crise e que tem taxas de desemprego muito altas\", diz Manuel Silva, um dos moradores que ontem se concentraram junto à sede do Município e porta-voz da comissão que foi recebida pelo vice-presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança.

Este autarca alega que grande parte dos moradores que protestam já pagou as respectivas taxas e garante que a Autarquia não pretende impulsionar uma revisão dos valores por parte da Vimágua.

\"Pagaram porque não tinham alternativa e tinham 15 dias para o fazer\", contrapõe Manuel Silva, adiantando, porém, que os moradores estão determinados a suspender o pagamento na Vimágua. O porta-voz do movimento (o rosto, também, do movimento contra as linhas de alta tensão que atravessam Serzedelo) recusa a ideia de colagem a qualquer partido.

A Câmara Municipal de Guimarães não vê razões para alterar os preços e considera que os casos de maior dificuldade financeira estão enquadrados pelo regulamento que permite, conforme os casos, a isenção total ou o pagamento até 48 prestações mensais sem juros. \"É um princípio de equidade: quem pode pagar paga, quem tiver dificuldades económicas pode recorrer às medidas previstas\", diz Bragança. Os moradores prometem não desistir dos protestos e lembram que no concelho de Famalicão, com o qual Serzedelo e Guardizela fazem fronteira, os valores são mais baixos.
fonte: jn
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