Vencer após tantas derrotas
Depois da descida de divisão no âmbito do processo Apito Final e de um sem-número de sobressaltos decorrentes da acentuada crise financeira que se vive no Bessa, com reflexos, nomeadamente, ao nível da construção da equipa para esta época, o Boavista teve ontem, finalmente, motivos para sorrir. Apesar de sobre eles pesar nova ameaça, fruto da providência cautelar intentada pelo Penafiel visando a suspensão do acto que permitiu a inscrição da equipa na Liga Vitalis, os axadrezados enfrentaram fantasmas e ameaças e estrearam-se a vencer na estreia no segundo escalão, onde não competiam há já 40 anos. E o adversário não era um qualquer, mas um Vizela com perfil de candidato à subida, depois de na última época ter falhado por pouco o objectivo.
O Boavista, com um incansável apoio de adeptos feridos no orgulho, entrou decidido na partida e, aos 10', João Tomás cabeceou para o fundo da baliza do Vizela, mas o árbitro assinalou fora-de-jogo. Porém, o avançado acabaria mesmo por marcar minutos depois, com novo cabeceamento certeiro. A reacção dos vizelenses surgiu já perto da meia-hora, muito graças à entrada de Feliciano, que dinamizou o ataque forasteiro.
Bertinho à trave
O Vizela ia dando sinais de perigo - Bertinho, por exemplo, levou a bola à trave aos 42' -, mas os da casa saíram para o intervalo a vencer. Na segunda parte , o Boavista revelou alguma quebra física e preocupou-se apenas em defender, enquanto o adversário continuou atrás do empate, que chegou aos 73', por Hugo Moreira. A igualdade seria, porém, desfeita logo a seguir pela equipa do Bessa, com Diogo Fernandes a marcar de livre. Estava fixado o resultado final.
OS TÉCNICOS
"Os jogadores viram a sua dedicação e espírito de sacrifício recompensados no resultado"
Rui Bento, treinador do Boavista
"A derrota penalizou-nos bem. A este nível, temos de ser mais agressivos desde o início do jogo
Carlos Garcia, treinador do Vizela
A.R. in ojogo
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