Depois de “Sonho de Uma Noite de Verão”, de William Shakespeare (espectáculo que esteve em cena, no passado mês de Julho, no jardim do Centro Cultural Vila Flor), o Teatro Oficina apresenta “A Fábrica”, de Lautaro Vilo, a sua mais recente criação, em co-produção com O Cão Danado e Companhia.
A história acontece numa pequena cidade ventosa da Patagónia, onde Leo e Carlota herdam uma fábrica de chocolates mal localizada. Carlota enfrenta a responsabilidade e Leo, desapaixonado com a vizinha Roxi, escapa-se em jornadas de amor, infrutuosas tardes com a sua guitarra, e perigosas solidariedades com o seu amigo Victor. Paola, a cândida prima de uma cidade ainda mais pequena, chega para começar os seus estudos. Engenharia Eléctrica. Interessante, não é? E Antónia, a madrasta que “convive” com Roxi? E Victor? Todo o seu encanto, de onde vem? E Filipe, esse homem misterioso que caminha sozinho pela margem do rio? Esquecemo-nos de mencionar essa catrefada de cassetes que deixou o falecido pai. Este esquecimento foi intencional.
“A respeito do conteúdo da trama, reservo-me a incógnita para o momento em que nos encontremos, para que precisamente nos encontremos nela. Podemos dizer apenas que há pais ausentes e mortos, uma pilha de cassetes que gravou um deles, jovens com planos mais ou menos desmedidos, com diferentes maneiras de lidar com a sua solidão e, à volta de tudo isso, uma improvável fábrica de chocolates mal localizada na geografia do lugar. E petroleiros, camiões e suicidas.” Lautaro Vilo
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