Reflectir aquilo que pensamos sobre o amor pode parecer uma heresia. Para tal é preciso dividir o cérebro em duas metades, pois nem sempre o que vemos é aquilo que ouvimos. Por um lado, é preciso deixar fluir as imagens, pelo outro, escutar o que a música nos diz. O amor, para que não resulte aborrecido, deve provocar curiosidade, produzir alegria, gerar assombro... Ora é precisamente a isto que o espectáculo se propõe. Que seja suficientemente mágico (e poético, e etéreo...) para que o cérebro não esconda o espectador, submetendo-o, durante cerca de uma hora, a um entretenimento bastante preciso: uma armadilha sonora para cigarras e insectos em geral.
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