Via intermunicipal entre Famalicão e Vizela precisa de intervenção urgente mas não há acordo
00h30m
ALEXANDRA LOPES
Piso degradado, sinalização apagada ou escondida pela vegetação e rails danificados. É este o estado de uma estrada que atravessa quatro concelhos ao longo de 18 quilómetros, a Via Intermunicipal que liga Joane a Vizela.
Anecessidade de requalificar a Via Intermunicipal (VIM) - uma estrada que faz a ligação entre os concelhos de Famalicão e Vizela, passando por Santo Tirso e Guimarães, construída há 15 anos - é aflorada há algum tempo mas ainda não avançou. A necessidade de o fazer assim como o impasse estão bem à vista: os rails de protecção do viaduto na zona de Joane que foram danificados há cerca de um ano, num acidente de viação, ainda estão por arranjar.
A VIM, com uma extensão de cerca de 18 quilómetros, apresenta problemas relacionados com a sinalização horizontal e vertical e a degradação do piso resultado do intenso tráfego diário. A Associação de Municípios do Vale do Ave (AMAVE), que tutela a via, reconhece a necessidade de uma \"grande intervenção\" e nota que vão sendo feitos \"arranjos pontuais no piso, nas valetas, na sinalização\".
Segundo o secretário-geral da AMAVE, Manuel Ferreira ainda não foi conseguido o acordo com o Governo \"no sentido de resolver o futuro da VIM\" uma vez que o intuito era a sua integração na Rede Regional de Estradas - o que ainda não aconteceu.
À medida que se percorre a VIM poderá verificar-se que em alguns locais a sinalização horizontal foi desaparecendo devido ao desgaste. \"Se não estiver atento aos sinais orientar-se pelas linhas do chão é mais difícil porque estão desgastadas\", notou um condutor.
A par disto, alguns sinais verticais começam a ficar \"escondidos\" pela vegetação e, alguns rails estão deteriorados. Ao longo do tempo, cruzamentos da via foram-se tornando perigosos e palco de acidentes.
O cruzamento que liga a VIM a Oliveira de Santa Maria e Pedome é um destes pontos. Uma curva próxima provoca fraca visibilidade e, dos semáforos que outrora ali existiram, apenas estão vestígios.\"Sempre que se colocavam semáforos, passados dois ou três dias ficavam estragados por causa dos acidentes\", adiantou o presidente da Junta de Oliveira de Santa Maria, António Oliveira.
O autarca acredita que uma passagem desnivelada poderia atenuar o problema. \"Foi má construção do traçado\", diz, apontando uma \"descida acentuada\" onde os carros circulam \"com velocidade\".
Já Carina Pereira, utente da VIM e moradora em Oliveira, considera que \"ter semáforos era importante porque obrigava a redobrar a atenção, tal como acontece no cruzamento entre Serzedelo e Riba de Ave\". \"Mesmo para os peões é perigoso pois embora existam passadeiras muitas vezes não são respeitadas\", afirmou.
Semelhante é o cruzamento de Mogege, embora possua uma passagem aérea para peões que é também usada por motociclos. O autarca da freguesia, Manuel Pimenta, já pediu atenção para o problema, sugerindo a construção de uma rotunda, o que parece ser \"inviável\". \"A saída de um dos lados tem fraca visibilidade e torna-se perigosa\", explicou Pimenta, acrescentando que a estrada merecia uma \"melhoria\".
fonte: jn
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