Saia Curta e Consequências - 23 e 24 de Maio

Saia Curta e Consequências - Uma comédia romântica

Maio - Sábado 23 - 22h00 e Domingo 24 - 17h00

São Mamede Centro de Artes e Espectáculos


Saia Curta e Consequências é uma das mais surpreendentes comédias românticas que descobri nos últimos tempos! Tive o prazer de assistir ao espectáculo em Paris, dirigido pelo próprio autor (e com ele no papel masculino) e pude ver o sorriso estampado durante pouco mais de uma hora em todas as caras da assistência – a minha incluída!

O texto de Hervé Devolder, escrito e estreado em 2008, pode induzir-nos em erro pelo seu

título – Saia Curta e Consequências. Tomado desprevenidamente, podemos ser levados a

pensar que estamos perante uma banal comédia brejeira onde, pela enésima vez, iremos ouvir

as mesmas piadas sobre engates, declarações, ciúmes e romances de cordel, repetidos à

exaustão. Nada mais errado. Devolder dá-nos a ver e ouvir um fresco renovado e renovador

sobre as nossas eternas contradições amorosas.

Partindo da situação mais simples que se possa imaginar em teatro (quantas vezes, mas

quantas, não propus eu aos meus alunos o eterno tema de improvisação entre duas pessoas

num banco de jardim…?!) ele desenvolve um diálogo que nos deixa literalmente em "apneia

sorridente" durante mais de uma hora.

Duas personagens cruzam-se num jardim (Central Park em Nova Yorque? Jardim da Estrela?

Anónimo em qualquer lugar? Imaginário dos nossos sonhos?). Ela, de mini-saia, vem só à

espera dum pretexto para descarregar em cima dos homens toda a sua raiva contra a "mulher-

objecto". Ele, apanhado em flagrante delito e clamando inocência acaba, involuntariamente,

por representar todos os machos atacantes.Este é o ponto de partida.

Mas as personagens depressa se revelam múltiplas. Ela passa de atacante a personagem que

nos inspira a maior compaixão nas contradições que revela, e ele, de personagem atacado e

incapaz de despir a sua condição de homem conquistador, logo nos faz ver a sua natureza

complexa de homem frágil na tentativa de redefinir e renovar os modos de amar.

Da descoberta deste texto à ideia de desafiar a Cláudia Vieira para o transformarmos no

espectáculo da sua estreia em palco foi um passo. Óbvio. Porque esta "saia curta"transporta,

tal como a Cláudia, uma sensualidade mas também uma assumida provocação, uma atracção

sensível mas também uma atitude de presença consciente e responsável, um cliché mas

também uma reflexão refrescante sobre o amor (e os seus desamores…).

Sensualidade. Provocação. Atracção.

Um encontro.

Contradições e surpresas...

Uma comédia refrescante sobre o amor absoluto.

« Gosta do meu rabo ? Não pára de olhar para ele é porque gosta ! »

Antes de ter tempo para uma resposta, o nosso personagem masculino, sentado a ler o seu artigo de economia, num banco de jardim, vê-se confrontado por aquela mulher revoltada com os homens. Ela, decidida a ajustar contas com o primeiro que lhe aparecer, lança-se num desafio arriscado que passará por ameaças, declarações e até confissões inesperadas.

« Você vem de saia curta… porque está calor. E de botas altas… porque está frio »

Depois de um primeiro round claramente derrotado, o homem mostra-se capaz de contestar e de elaborar o seu contra-ataque. E a situação torna-se ainda mais surpreendente. As duas personagens vão agora a caminho dum "encontro" que mudará as suas vidas para sempre.

O texto de Devolder mostra-se no seu esplendor, cheio de surpresas. Aquilo que poderia ser um banal momento retirado de um qualquer texto de revista, eleva-se e leva-nos com ele, fazendo-nos rever e reflectir sobre a nossa própria alcova e sobre as nossas relações com o sexo oposto. O amor é visto e analisado de todos os ângulos, e descobrimos que a procura pela Paixão absoluta, que todos alimentamos secretamente, é, afinal, o tema central da nossa peça.

E sorrimos e rimos, durante pouco mais de uma hora, de nós e de todos os nossos amores que ali vemos dissecados, partindo com o secreto desejo de passar por um qualquer banco de jardim e termos a oportunidade de vivermos o nosso « encontro ».

- Ficha Técnica e Artística -

Autor – HERVÉ DEVOLDER

Versão portuguesa – HIRONDINA CAVACO e PAULO MATOS

Intérpretes:

CLÁUDIA VIEIRA – Luisa/Benvinda

LUÍS GASPAR – João/Eduardo

PAULO MATOS - Jardineiro

Encenação e Versão Cénica – PAULO MATOS

Cenografia – BRUNO GUERRA

Figurinos – JOSÉ ANTÓNIO TENENTE

Desenho de luz e som – PAULO SANTOS

Artwork – ANTONIO LOBO

Comunicação e Marketing – MADALENA BRAGA VIDAL

Direcção Geral e Produção – DÉCIMA COLINA, Lda

Co-produção – AUDITÓRIO MUNICIPAL DE OLHÃO

Apoio – TEATRO DA TRINDADE

Classificação etária: M/12

Duração: 75 minutos sem intervalo

Bilhetes à Venda:

Bilheteira São Mamede C.A.E

Lojas Fnac

Ticketline

Lojas Worten

Agências de Viagens Abreu

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