José Oliveira e Costa, antigo presidente do Banco Português de Negócios, faltou esta quarta-feira à primeira sessão de um julgamento, no qual acusa cinco pessoas de tentarem extorquir 2,5 milhões de euros ao banco há cerca de um ano.
Quando ainda era presidente do BPN, José Oliveira e Costa foi alvo de um processo de chantagem que agora está em fase de julgamento no Tribunal da Boa Hora, em Lisboa.
No banco dos réus sentam-se cinco arguidos, que vêm acusados de um crime de extorsão qualificada em co-autoria. Os factos remontam a 2007, mas o caso terá iniciado muito antes, no ano de 2000, com uma alegada fraude que envolvia lavagem de dinheiro no balcão da Previdém do BPN. Ao que foi possível apurar, um antigo funcionário insurgiu-se contra o sucedido e acabou mesmo por ser dispensado da agência onde prestava serviço.
No entanto, esse mesmo elemento, agora também arguido no processo, conseguiu ter acesso a todos os documentos que, alegadamente, provavam a existência da ilegalidade e tirou as respectivas fotocópias.
Posto isto, e já alguns anos depois, o ex-funcionário, na posse dos referidos documentos e com o auxílio dos restantes arguidos, tentaram chantagear José Oliveira e Costa: ou o BPN pagava cinco milhões de euros ou os documentos seriam divulgados na Comunicação Social.
No entanto, e depois dos arguidos terem diminuído o valor da exigência para os 2,5 milhões de euros o então presidente do BPN, denunciou o caso à Polícia Judiciária (PJ).
Na sessão de ontem, o advogado e empresário de Vizela, Domingos Soares Freitas, foi o único a prestar depoimento. O arguido chorou e quis salientar que nunca teve "más intenções". O advogado, salientou ainda que Bruno Pimenta, filho do ex-funcionário do BPN, e também arguido, o "arrastou" para a situação.
A juíza presidente Clarisse Gonçalves questionou-o, entretanto, se nunca lhe incorreu que estaria a cometer uma ilegalidade, ao que o arguido, visivelmente, afectado respondeu que não se apercebeu do mal que fazia. S.O.
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