O médio André Cunha recorreu para a Comissão Arbitral Paritária (CAP) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para contestar o contrato com o Estoril-Praia e admitiu hoje faltar à apresentação da equipa, agendada para a próxima segunda-feira.
André Cunha disse à Agência Lusa ter assinado "dois contratos com o Estoril-Praia" em Junho de 2007, um válido para a época de 2007/08 e outro, para a temporada seguinte, com valores salariais superiores, para ser registado na Liga na inexistência de denúncia de clube ou jogador.
Em Março, a Administração da SAD do Estoril-Praia comunicou a André Cunha que pretendia assegurar o concurso do jogador na época 2008/09, na Liga de Honra, pelo que ia avançar com o registo do contrato.
"No final de um treino, assinei uma folha a confirmar que fui informado pela SAD para continuar no Estoril-Praia, mas o segundo contrato não é válido, até porque não recebi carta registada em que comunicavam que pretendiam a renovação", referiu André Cunha.
O futebolista, que recebeu um convite para representar o Vizela na próxima época, considerou que "não podia assinar no mesmo dia dois contratos" e acentuou que não tem qualquer vínculo com o Estoril-Praia.
"Não me posso apresentar num clube com o qual não tenho contrato", salientou, mostrando-se confiante numa decisão favorável da CAP, órgão que dirime conflitos entre clubes e jogadores, constituído por três juristas nomeados pelo sindicato dos jogadores e outros tantos pela LPFP.
António Figueiredo, que preside à Administração da SAD do Estoril, refutou a ilegalidade do contrato, limitando-se a afirmar que "André Cunha tem contrato assinado com o Estoril-Praia, com a assinatura reconhecida".
O dirigente confirmou à Agência Lusa que o vínculo está registado na Liga Portuguesa de Futebol Profissional desde Abril, porque "o jogador tem contrato para a temporada de 2008/09".
A próxima reunião da CAP está prevista para o início de Julho.
in record
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